terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Vasco Graça Moura e o Acordo Ortográfico

(http://lusografias.wordpress.com/2012/01/31/vasco-graca-moura-e-o-acordo-ortografico/)

Vasco Graça Moura e o Acordo Ortográfico


“Devo dizer que considero o acordo ortográfico um chorrilho de asneiras, absolutamente incompatível com a dignidade da língua portuguesa e da identidade do nosso país, não por qualquer espécie de nacionalismo exacerbado, mas porque o acordo é completamente desajustado à maneira como nós falamos a nossa própria língua, e quando digo nós não digo apenas os portugueses de Portugal, digo os que falam português em Angola, em Moçambique, na Guiné-Bissau, em Cabo Verde, em São Tomé e até em Timor.

O acordo vem desfigurar a maneira de pronunciar, e instaurar a mais perigosa confusão para a ortografia. É mesmo o contrário da ortografia.

Este combate nem é inglório nem é em vão. Porque o acordo não pode entrar em vigor. Basta dizer o seguinte. O acordo é internacional. Para um acordo internacional entrar em vigor é necessário que seja ratificado por todos os países que o subscrevem. Não aconteceu ainda. É completamente inválido o protocolo modificativo, que prevê que apenas três países subscrevam e ratifiquem, para depois se aplicar aos restantes. Não estando o acordo em vigor no plano internacional, também não pode estar no plano nacional. Primeira questão.

Segunda questão, mesmo que estivesse, um pressuposto da aplicação do acordo é a existência de um vocabulário ortográfico comum, o que quer dizer dos sete países que subscreveram o acordo. Não existe. Sem esse vocabulário ortográfico, não pode ser aplicado”.

Vasco Graça Moura em entrevista ao «Bom dia, Portugal”, RTP, excerto, janeiro de 2010

Vasco Graça Moura (Porto, 3/1/1942)Poeta, ficcionista, cronista, tradutor, licenciado em Direito.

A common language

(http://www.translationclientzone.com/cultural-awareness/brazil-portugal/)


Brazil and Portugal, two countries separated by a common language

By Fabio M. Said

Cultural awareness

Continuing our discussion on the importance of dialects in translation and localization, Fabio M. Said goes deeper into issues regarding the differences between the Portuguese language variants. Thank you for your input, Fabio!

As a Portuguese translator working in Germany, when talking to a prospect about a translation project, I always check if the prospect needs the translation done in a Portuguese dialect that I am able to translate into. I was born in Brazil, I spent the first 30 years of my life in Brazil, and I was educated in Brazil. I have had only limited exposure to European Portuguese (mostly talking casually and briefly to people from Portugal and reading some texts written in European Portuguese) and no exposure at all to other Portuguese dialects spoken in Africa. So I would hardly accept any job offer to translate into a dialect other than Brazilian Portuguese, nor would it be ethical on my part to accept such an offer. And that is what I try to explain to prospects.

Buyers of translation who contact me rarely know that Brazilian Portuguese differs substantially from European Portuguese. Major differences include not only everyday colloquial language (words, style, spelling, even grammar), but also specialized vocabulary. They are still the same language (“Brazilian” is not a language), but with highly specialized dialects. After all, Brazil and Portugal have developed differently in the past two hundred years, and, of course, their separate historical paths have impacted on their local dialects and on the mutual understandability between speakers of each variant. To quote from Bernard Shaw, they are like “two countries separated by a common language.”

It is precisely those differences that make it extremely important for a translation buyer to know which language dialect their text should be translated into. A text written in Brazilian Portuguese will most likely not be understood correctly by an average native speaker of European Portuguese, and vice-versa. Yes, the overall message would, perhaps, be understood, but not the nuances, details and between-the-lines information. It could come across as funny, awkward or even plain wrong. This is an even more important point to consider if communicating effectively is really a top priority. Those who just “want that translation done” may very well hire a Brazilian to translate a text and give the translation to readers in Portugal, or, worse still, commission a native speaker of European Portuguese to proofread a translation into Brazilian Portuguese. Some people have even asked me to translate texts into a fairy-tale entity called “neutral” Portuguese that could be used in Brazil, Portugal or Africa, and I politely turn down the offers, explaining that there is no such thing as “neutral,” or globally “standard,” Portuguese. But those who demand the highest quality in translation and who know that communicating effectively—i.e. targeting the message to the specific audience one wants to reach—is key to the success of a product or service would never want to do such things. And they usually have no problem accepting that a native speaker of Brazilian Portuguese should translate into Brazilian Portuguese and a native speaker of European Portuguese should translate into European Portuguese.

But what about the Portuguese language spelling reform that has been in force in Brazil since January 2009 and in Portugal since mid-2011? The reason behind the spelling reform was to make Portuguese a uniform language globally, thereby making it easier to perform internet searches and understand Portuguese documents on the Web, no matter which Portuguese dialect these were written in. But this is utopia. The spelling reform only changes about 0.5% of Brazilian Portuguese words and about 1.5% of European Portuguese words. Besides, the reform only applies to the spelling, and not to other language elements like syntax, regionally/culturally specific vocabulary, grammar, and pronunciation. So this reform will not unify the two variants into one “standard” language—at least not in the current scenario.

And, most important of all, the new spelling reform will not change the fact that translation buyers need a native speaker of Brazilian Portuguese for a translation that will be used in Brazil and a native speaker of European Portuguese for a translation that will be used in Portugal. But this, of course, only applies to translation buyers who really want high-quality translation and effective communication, which—I am sure—you do.


What’s next…

To further illustrate the importance of dialects, Bianca will share the results of a quick experiment she has carried out with a small sample of Brazilian Portuguese speakers.


Recommended readings on the topic:

(1)
Brazilian vs. European Portuguese Explained for Non-Portuguese Speakers, by José Henrique Lamensdorf

(2)
Portuguese Translation: What Clients Need to Know, by Lyris Wiedemann

A desbunda

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=534937





Jardim deu instruções para empresas regionais serem beneficiadas no actual momento

31 Janeiro 2012
Lusa

O Presidente do Governo Regional da Madeira afirmou hoje que deu instruções ao seu executivo para dar "prioridade às empresas que atuam" na ilha, dizendo não estar preocupado com "inconstitucionalidades".

"Devo-vos dizer que inconstitucional ou não, dei instruções dentro do meu governo para dar toda a prioridade às empresas que são empresas que atuam na Madeira e que, durante estes anos, trabalharam connosco", afirmou
Alberto João Jardim durante a intervenção que fez no jantar anual da Associação dos Industriais de Construção da Madeira (ASSICOM).

O governante justificou a decisão com a "faculdade legal de não correr o risco de não ver as obras realizadas".

Alberto João Jardim reafirmou que "desde consultas de advogados até arquitectos o que está definido é para ser tudo o que é regional".

Durante a intervenção perante uma plateia de empresários, muitos deles ligados à construção civil, Jardim sugeriu ainda aos presentes que os "preços de adjudicação sejam os mais baixos possíveis para fazer render o investimento público".

O líder insular voltou ainda a avisar que as responsabilidades constitucionais da república na educação e na saúde não estão fechadas, mesmo que o Plano de Assistência Financeira (PAF) assinado recentemente tenha relegado para a comarca de Lisboa todo e qualquer imbróglio jurídico.

Jardim recordou que desde o início da autonomia política constitucional a região já pagou um total "de 9,2 mil milhões de euros em despesa com a Educação e a Saúde" (5,5 mil milhões na Educação e 3,7 mil milhões na Saúde), e que esta questão esteve em cima da mesa aquando das negociações do PAF.

"Nós temos tanta razão que o motivo que queriam que abdicássemos de recorrer aos tribunais é precisamente este (...) e eu tenho o compromisso da República que esta questão (financiamento de despesas de Educação e Saúde) vai ficar resolvida de vez na nova Lei de Finanças Regionais que a troika impõe a Portugal e quer que se faça ainda este ano", especificou.

Jaime Ramos, presidente da ASSICOM e Secretário Geral do PSD-Madeira, insurgiu-se com a dívida da República portuguesa que afirmou ser de "333 mil milhões de euros" relembrando que o empréstimo feito a Portugal foi de 78 mil milhões em que "12 mil milhões são para recapitalização da banca".

Continuou afirmando que a banca "tem de ser responsável, ou então que faça como a Caixa Geral de Depósitos que foi para uma praça financeira que é reconhecidamente um local de lavagem de dinheiro perante a passividade do Ministro das Finanças que zela mais pelos interesses do
Banco Central Europeu do que pelos interesses de Portugal e da Região Autónoma da Madeira".

Justiça: Funcionários com fome

http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentID=2FBDFF0B-4EE7-44AD-B2B3-9F400F590AEF&channelID=00000021-0000-0000-0000-000000000021

in: Correio da Manhã online, 31 de Janeiro de 2012


Justiça: Funcionários com fome

A directora do DIAP de Lisboa, Maria José Morgado, revelou ontem que já há casos de funcionários judiciais a passar fome. “Não podemos ter magistrados, funcionários e polícias pés-descalços”, afirmou a procuradora, criticando a “máquina de desperdício” que é a Justiça. “Os magistrados não podem ser itinerantes”, acrescentou, a propósito do novo mapa judiciário.

A força de uma vírgula



A força de uma vírgula




Totò d'Arabia




Para os saudosistas do Totó.




Filme completo




http://www.youtube.com/watch?v=QlZlkBNBKhg&feature=related

VIVA A REPÚBLICA

https://fbcdn-sphotos-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/s320x320/424787_375409965806326_230510666962924_1704085_1285816118_n.jpg






VIVA A REPÚBLICA... DAS BANANAS



Brasileiros gostam mais de redes sociais do que sexo, diz pesquisa

(http://www.pavablog.com/2012/01/31/brasileiros-gostam-mais-de-redes-sociais-do-que-sexo-diz-pesquisa/)


Brasileiros gostam mais de redes sociais do que sexo, diz pesquisa

Jarbas Aragão

Publicado originalmente no
Terra




Os usuários brasileiros estão mais interessados em estar em uma rede social do que procurar por sexo na web, segundo uma recente pesquisa do instituto Experian Hitwise. Em dezembro de 2011, o destino de 19,38% dos usuários era alguma rede social ou fóruns online. No mesmo período, 5,29% das visitas buscaram algum tipo de site adulto.

Em relação a 2010, as duas categorias – redes sociais e sites adultos – obtiveram aumento. No entanto, a busca por redes sociais cresceu proporcionalmente mais na comparação de 2011 com 2010.

Não são só as redes sociais que ganham a preferência do usuário brasileiro. Na frente de sexo, ainda estão o uso de ferramentas de busca, de sites de e-mail e de portais da internet..

A tendência das redes sociais virem antes do sexo no cotidiado do usuário na web é repetida em outros países, como nos Estados Unidos, França e Nova Zelândia.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Reformas e Reformas

Sempre a pedirem-nos sacrifícios e “Eles " e “Elas“ a receberem reformas, salários, subvenções vitalícias. Como é que isto algum dia irá para a frente, se todos ELES quando fazem as leis é para zelarem pelos seus próprios interesses ?

Se o cidadão normal tem de trabalhar 40 anos (ou mais) e só tem direito a uma pequena reforma, porque é que eles ao fim de oito anos de serviço já têm direito a reformas gordas?

É aqui que o governo tem de começar a cortar as gorduras... mas corta é nos nossos subsídios e eles continuam a fazer as suas vidinhas de nababos.

Basta de nos tratarem como atrasados mentais; passem ao maior número de pessoas que possam.

Foi assim que conseguimos que três ministros abdicassem dos seus subsídios de deslocação, quando (vergonha das vergonhas) têm casa em Lisboa.

Assunção Esteves (PSD), a actual Presidente da Assembleia da República, reformou-se aos 42 anos, com a pensão mensal (14 vezes ano) de 2.315,51€.

Fica o Diário da República de 30/07/1998 para vossa informação. Para que saibam ainda, a Senhora Assunção Esteves recebe ainda de vencimento mensal (14 vezes ano) 5.799,05€ e de ajudas de custas mensal (14 vezes ano) 2.370,07€. Aufere, portanto, a quantia anual de 146.784,82€. Ou seja, recebe do erário público, a remuneração média mensal de 12.232,07€ (Doze mil, duzentos e trinta e dois euros, sete cêntimos).

Relembramos que também tem direito a uma viatura oficial BMW a tempo inteiro!

E vem Passos Coelho sacar subsídios e pedir sacrifícios aos funcionários públicos e pensionistas!!! É mesmo preciso ter lata !!!

Las autoridades de Sudán amenazan con demoler iglesias cristianas

(http://actualidad.noticiascristianas.me/las-autoridades-de-sudan-amenazan-con-demoler-iglesias-cristianas)


Las autoridades de Sudán amenazan con demoler iglesias cristianas


Autoridades locales amenazan con demoler 3 edificios de la iglesia, en Omdurman, con la finalidad de deshacerse con el tiempo del cristianismo en Súdán.

Mas Info:
http://actualidad.noticiascristianas.me/las-autoridades-de-sudan-amenazan-con-demoler-iglesias-cristianas#ixzz1kyALmsY7


Funcionarios del Ministerio de Planificación Física y el Estado de Servicios Públicos de Jartum, aparecieron en los tres sitios de la iglesia en Omdurman, a orillas del río Nilo, frente Jartum, la tarde del 11 de septiembre, amenazando con demoler las estructuras si las iglesias si continuan llevando a cabo los servicios de adoración, dijeron los líderes.

Líderes de las tres iglesias en el área de Madinat al-Fatah de Omdurman - la Iglesia sudanesa de Cristo, la Iglesia Episcopal de Sudán y de la Iglesia Católica - dijeron que se sorprendieron al ver a los funcionarios del gobierno en las instalaciones de la iglesia acusándolos del funcionamiento iglesias sin el permiso del gobierno.

Los líderes de la iglesia dijeron que los edificios no se encuentran en terrenos del gobierno y por ende no requieren permisos. Dijeron que, a partir de las 02:00pm los funcionarios pidieron a los líderes de la Iglesia sudanesa de Cristo los permisos para construir en terrenos del gobierno, y luego siguieron con las otras dos iglesias.

Los funcionarios marcaron los tres edificios para demolerlos con una cruz roja diciendo: "Vamos a demoler estas iglesias", dijo el líder de la iglesia. Citando una marea creciente de la hostilidad hacia los cristianos, miembros de las iglesias amenazadas dijeron que están preocupados por su futuro.

"Estos son claramente los malvados planes dirigidos contra las iglesias y los cristianos en este país", dijo Kornules Yousif, un líder de la zona cristiana. Los musulmanes locales se quejan de la presencia cristiana en el área, expresó Yousif.

"Los musulmanes dicen que las iglesias no deben tener permiso para operar debido a que el número de musulmanes es mayor que la de los cristianos", dijo.

Cristianos del área toman en serio las declaraciones de los musulmanes porque revelan los motivos de hostilidad tanto por el gobierno islámico como las comunidades musulmanas.

"Estas personas pueden hacer todo lo posible para limpiar este país de la cristiandad", dijo un miembro de una de las iglesias amenazadas.

Al mismo tiempo, los cristianos de la zona dijeron que creen que el gobierno está en silencio llevando a cabo encuestas sobre los cristianos y los programas de la iglesia como parte de un esfuerzo más amplio para hacer del Islam la religión oficial del estado, funcionarios del Ministerio de Orientación y Fundaciones Religiosas han llamado a los líderes de la iglesia, pidiendo revelar información sobre sus miembros y de las actividades que realizan, dijeron.

"Esto es puramente para fines de inteligencia, para que puedan poner más restricciones a las iglesias y los cristianos", dijo el reverendo Yousif El-Denger Kodi, secretario general de la Iglesia Luterana de Sudán.

"Nosotros, como líderes de la iglesia son conscientes de sus planes, pero oramos para que Dios nos libre de sus malvados planes."

Mas Info:
http://actualidad.noticiascristianas.me/las-autoridades-de-sudan-amenazan-con-demoler-iglesias-cristianas#ixzz1ky9c6HgO

dinheiro/governo-alemao-confirma-berlim-quer-ocupar-atenas-talvez-lisboa

http://www.ionline.pt/dinheiro/governo-alemao-confirma-berlim-quer-ocupar-atenas-talvez-lisboa

Jornal "I"


Governo alemão confirma: Berlim quer ocupar Atenas e talvez Lisboa

Por Ana Sá Lopes

O número dois do governo alemão defendeu ontem que se os gregos não cumprirem os objectivos, então terá de ser imposta de fora uma liderança, a partir da União Europeia. Na véspera da cimeira europeia, Philipp Roesler tornou-se no primeiro membro do governo alemão a assumir a paternidade da ideia segundo a qual a troco de um segundo programa da troika, um comissário europeu do orçamento seria investido de funções governativas em Atenas, retirando ao governo legítimo funções essenciais.

Numa entrevista ao jornal “Bild”, o número dois de Merkel afirma: “Precisamos de maior liderança e monitorização relativamente à implantação das reformas. Se os gregos não estão a ser capazes de conseguir isto, então terá de haver uma liderança mais forte vinda de fora, por exemplo, da União Europeia”.

O governo grego ficou em estado de choque com a ameaça da próxima ocupação. O ministro grego das Finanças pediu à Alemanha para não acordar fantasmas antigos – a Grécia esteve ocupada pelas tropas nazis durante a II Guerra. “Quem põe um povo perante o dilema de escolher entre assistência económica e dignidade nacional está a ignorar algumas lições básicas da História”, disse Venizelos, lembrando “que a integração europeia se baseia na paridade institucional dos estados-membros e no respeito da sua identidade nacional e dignidade”. “Este princípio fundamental aplica--se integralmente aos países que passam por períodos de crise e têm necessidade de assistência dos seus parceiros para o benefício de toda a Europa e zona euro em particular”.

O documento que defende a ocupação de Atenas foi divulgado pelo “Financial Times”. Está lá escrito que para ter acesso ao segundo programa de resgate, a Grécia terá de ser obrigada “a transferir a soberania nacional para a União Europeia, em matéria de orçamento, durante algum tempo”. O texto sugere que “um novo comissário do orçamento nomeado pelo eurogrupo ajudará a implementar reformas”. “O comissário terá largas competências sobre a despesa pública e um direito de veto contra decisões orçamentais que não estejam em linha com os objectivos orçamentais e a regra de dar total prioridade ao serviço da dívida”.

Segundo a Reuters, esta tentativa alemã de governar Atenas pode ser estendida a outros países, como Portugal. Uma fonte do governo alemão disse à agência que esta proposta não se destina apenas à Grécia, mas a outros países da zona euro em dificuldades que recebem ajuda financeira e não são capazes de atingir os objectivos que acordaram.

A verdade é que Angela Merkel chega hoje à cimeira em Bruxelas com uma crescente pressão interna para não continuar a emprestar à Grécia o dinheiro dos contribuintes alemães. A proposta para ocupar Atenas é vista como uma resposta à cada vez maior resistência dentro do seu partido ao financiamento da crise do euro. “Se os gregos não avançarem com o programa de reformas, não pode haver mais ajuda”, disse Horst Seehofer, o líder bávaro da CSU, parceiro da CDU de Merkel.

Ontem, o deputado europeu Paulo Rangel admitiu que em Portugal todos os riscos são possíveis. “Quando vemos os sinais de alarme crescerem, o que eles documentam não é tanto a ideia de que Portugal pode entrar em bancarrota, é mais profundo do que isso. Se não houver uma solução sistémica para a zona euro, os países mais vulneráveis, entre os quais Portugal, vão sofrer e pode-se gerar uma situação de descontrolo”, disse. Rangel reagiu violentamente à “ideia de propôr a nomeação de um comissário para tratar das matérias orçamentais da Grécia”. “Seria o princípio do fim, e insustentável para a democracia europeia, a nomeação de um governador para um território do império, como fez Napoleão”, disse. Rangel defendeu o avanço para o federalismo: “Precisamos de caminhar para uma federação que trate os Estados em paridade, porque o que temos hoje é uma constituição aristocrática, de uns países com mais peso do que outros”.

Há 12 milhões de inscritos nos centros de saúde

(http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=2271688)



Há 12 milhões de inscritos nos centros de saúde



Clara Vasconcelos

Há 12 milhões de cidadãos inscritos nos centros de saúde. O bastonário da Ordem dos Médicos garante que, com uma limpeza das listas de utentes, nenhum português ficaria sem médico de família e não seria necessário importar profissionais estrangeiros.

José Manuel Silva afirmou, em declarações ao JN, que "há médicos suficientes em Portugal". Ainda assim, o risco de, na próxima década, cerca de "dez mil estarem no desemprego é grande". Não por que não façam falta, mas porque a desorganização do sistema a isso vai conduzir. Será também essa desorganização que faz com que exista um milhão e meio de pessoas sem médico de família, de acordo com um relatório da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Contra o Aborto Ortográfico











Todos contra o Aborto Ortográfico, esse crime de lesa-língua


http://ilcao.cedilha.net/





Campanha da FNAC causa polémica nas redes sociais

(http://www.ionline.pt/portugal/campanha-da-fnac-causa-polemica-nas-redes-sociais)

Campanha da FNAC causa polémica nas redes sociais

Por Ana Tomás, publicado em 29 Jan 2012


A campanha da FNAC, intitulada “Cultura Renova-se” está a causar polémica nas redes sociais.

Em causa está um placard promocional onde se lê “Troque os Maias pela Meyer”. A fotografia que registou a frase já tem mais de 100 partilhas no Facebook e já foi usada em alguns blogues que consideram a frase da campanha um atentado à cultura e à literatura portuguesa ao incentivar a troca de um clássico, no caso “Os Maias”, de Eça de Queiroz”, por um género mais light, um dos livros da série “Twilight”, de Stephanie Meyer.

Na campanha da FNAC, por cada livro usado entregue é atribuído um vale de cinco euros que pode ser utilizado na compra de outro livro com valor igual ou superior a 15 euros. A campanha também é valida para CDs e DVDs, sendo que os vales só podem ser descontados em produtos semelhantes (se der um livro só pode usar o vale na compra de um outro livro, o mesmo acontecendo com os CDs e DVDs).

O material usado será entregue à AMI, parceira da campanha que decorre até 15 de Fevereiro.

Forget Greece; it’s Portugal that’ll destroy euro

(http://www.marketwatch.com/Story/story/print?guid=0D71E072-474F-11E1-8F6F-002128040CF6)


Forget Greece; it’s Portugal that’ll destroy euro

Commentary: One default is an accident; two is a systemic crisis

By Matthew Lynn

LONDON (MarketWatch) — It is a long-time since Portugal played a decisive role in world history. The Treaty of Tordesillas, which divided the non-European world up between Spain and Portugal in 1494, was probably its last major contribution, and even that did not end very happily.

But 2012 could be the year Portugal explodes onto the world stage again. How? By blowing up the euro (ICAPC:EURUSD) .

Greece is already bust — and its default is already priced into the market. But Portugal is in precisely the same position, just on a longer fuse. It too is sliding toward an inevitable default on its debts — and when it does so, it will deliver a terminal political blow to the single currency, and inflict damage on the European banking system that may well prove catastrophic.

We have known for some time of course that Portugal was in trouble. Back in May last year it became the third euro-zone country that had to be rescued. After bond yields soared up past the crucial 7% level it was forced to ask for a bailout package worth 79 billion euros. The International Monetary Fund and the European Union moved in with the formula they had honed to such perfection in Greece — big tax raises, spending cuts, wage cuts, and a little bit of structural reform. The country — one of the poorest members of the European Union, with a gross domestic product per capita of only $21,000, significantly less than Greece‘s $26,000 — was set a target of reducing its deficit to 4.5% in 2012 and 3% in 2013.

So how’s it going? About as well as it did in Greece — which is to say, not very well at all. The Greek economy is forecast to shrink by 6% this year, and Portugal is not very far behind — Citigroup is predicting the economy will contract by 5.7% in 2012 and another 3% in 2013.

Rising taxes are pushing more and more of the economy off the books. A study for Porto University found that the shadow economy, which doesn’t pay any tax, grew by 2.5% last year, and now accounts for a quarter of Portuguese economic activity. There is no point in expecting that to change any time soon. Portuguese companies simply can’t survive paying the tax rates now imposed on them.

The result? Deficit reduction targets are being missed. Earlier this month, the government revised the deficit forecast up from 4.5% to 5.9% of GDP for this year. If the Greek experience is anything to go by, the target will continually be revised upwards. The economy shrinks, taxes fall, more and more people switch into the black economy simply to survive, and the deficit keeps on growing.

In response, the European Union demands more and more austerity — which simply means the economy shrinks even faster. It is a vicious circle. If anyone knows how to get out of it then they are keeping it to themselves.

Standard & Poor’s has already downgraded Portuguese debt to below investment grade, and more downgrades are on the way. Bond yields are spiking up. Last week, yields went up past 14%. They are set to go a lot higher. Greek 10-year bonds now yield 33%. Is there any reason why Portuguese yields shouldn’t reach those levels? None at all.

That matters. The Greek crisis could be spun as a special case. Not Portugal. There was no fiddling of the figures. It didn’t run massive deficits — indeed in the run up to the crisis of 2008, Portugal was running deficits of less than 3% of GDP, well within the euro-zone rules. It wasn’t irresponsible. The problem was simply that it couldn’t compete within a single currency with much stronger economies. Now the country is being plunged into a full-scale depression — as bad as anything witnessed in the 1930s — by monetary union.

It will be every bit as serious as Greece. And perhaps more so.

While the Greek government borrowed a lot of money, and mostly wasted it, Greek consumers and companies were relatively restrained. Not the Portuguese. According to figures from the Bank of International Settlements, total Portuguese debt amounts to 479% of GDP (compared with 296% for Greece). That comes to 783 billion euros, compared with 703 billion euros for Greece.

Europe’s banks are even more exposed to Portugal than they are to Greece. In total, the banks have $244 billion exposure to Portugal, compared to just $204 billion to Greece, again according to BIS data.

So how is this going to play out? Greece looks certain to default in the first half of this year. The pressure will then move straight on to Portugal. It has precisely the same problems, only worse. If one country can’t pay its debts then neither can the other.

That will have two big effects.

First, there will be a huge hit to the euro-zone banking system. The bulk of Portuguese debt is owed to Germany and France. But those are the official figures. It seems likely a lot of the private debt, which is far more substantial than government debt, will be owed to Spanish banks. They are already fragile. Can they take the losses? Perhaps, but you wouldn’t want to bet your last bottle of port on it.

Next, it will deal a huge blow to the currency. For one country to default within a monetary union can be written off as an unfortunate accident. Every family has a black sheep. When the second one goes down, it looks a lot more serious. The line that this is all the fault of a few irresponsible governments will be unsustainable. The alternative explanation — that the euro is a dysfunctional currency, wreaking havoc across the continent — will gain a lot more traction.

A Portuguese default will trigger a whole-scale retreat from the euro-zone — and right now looks like the trigger for the collapse of the system. It’s been a five-century wait. But Portugal could be about to play a key role in the global economy again.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Peritos arrasam Acordo Ortográfico

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=967360&page=-1
(lido a 28.01.2012)

Peritos arrasam Acordo Ortográfico

Esmagadora maioria dos linguistas, académicos e editores consultados estão contra o tratado

Publicado em 2008-07-12

SÉRGIO ALMEIDA

Se a implementação do Acordo Ortográfico dependesse apenas dos resultados do processo de consulta, há muito que o projecto teria sido abandonado. Das 27 entidades contactadas, apenas duas se mostraram favoráveis.

As dúvidas e críticas severas manifestadas pelos peritos da maior parte das instituições participantes não impediram que a ratificação do Acordo seguisse o seu rumo: o tratado que visa unificar a língua portuguesa aguarda apenas a promulgação do presidente da República para tornar-se uma realidade.

Nas respostas das 14 entidades que participaram no inquérito promovido pelo Instituto Camões, abundam as críticas. Entre pedidos adicionais de informações e o desconhecimento sobre as alterações a introduzir, não faltam, também, entidades, como a Associação Portuguesa de Linguística ou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), que solicitam "a suspensão imediata do processo". Ivo Castro, responsável do Departamento de Linguística Geral e Românica, chega mesmo a questionar se o Acordo "poderá ser, com o princípio de facultatividade em que assenta, um verdadeiro instrumento de uniformização, como qualquer ortografia pretende ser".

Mesmo entre os linguistas, o protocolo não reúne consenso. Inês Duarte, presidente da Associação Portuguesa de Linguística, adverte para os riscos que a dupla ortografia poderá trazer, "ao gosto e ignorância de cada um, com custos evidentes no ensino do Português como língua materna, segunda e estrangeira".

É no mercado livreiro que o tom mais apreensivo domina. Para a União dos Editores Portugueses (UEP), o Acordo só acarreta desvantagens, com destaque para o fim das exportações para o Brasil e a desactualização ortográfica dos livros já editados. Por isso, para fazer face às alterações, a UEP entende que "deve ser o Estado a suportar todos os custos".

O processo de consulta do Acordo Ortográfico decorreu já no último trimestre de 2005, mas só foi tornado público recentemente, através de um requerimento da deputada do PSD Zita Seabra - opositora de longa data do Acordo - dirigido aos ministérios dos Negócios Estrangeiros e Assuntos Parlamentares. Após consultar o dossiê que lhe chegou às mãos, a editora da Alêtheia confirmou os receios que já tinha. "É tudo precipitado, artificial e pouco ponderado. A ideia de aproximar o Português de Portugal do Português falado no Brasil é simpática, mas as diferenças entre ambos vão muito além da questão ortográfica", resume.

A fraca adesão foi outra das principais surpresas do processo. Das principais universidades convidadas a participar, apenas a Faculdade de Letras de Lisboa respondeu ao repto. Também a esmagadora maioria das editoras - como a D. Quixote, Asa, Caminho e Bertrand - optou por abster-se. A reacção não causa estranheza a Zita Seabra, para quem o silêncio é resultado do "desânimo generalizado", pelo que entende que, nas 13 abstenções, pode intuir-se uma "discordância absoluta aos contornos do processo".

A Academia das Ciências de Lisboa (ACL) e a Comissão Galega do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foram as únicas instituições que não levantaram reservas à entrada em vigor imediata do tratado. Uma reacção natural, já que ambas participaram activamente na elaboração do documento. Apesar disso, há nuances nas duas posições: enquanto a Comissão Galega defende que o Acordo "deve entrar em vigor tão cedo quanto possível", a Academia das Ciências solicita que "o período de transição e adaptação não seja inferior a 4, 5 anos".

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

E mais ainda o (des)Acordo pouco ortográfico

(http://www.helenabarbas.net/?p=199)
consultado a 27.01.2012


Prezad@s Amig@s,

Não sei qual é a vossa posição quanto ao chamado novo Acordo ortográfico, mas, em qualquer dos casos, penso que vos será útil terem conhecimento das informações que reproduzo a seguir.
Pessoalmente sou visceralmente contra, até por consideração para com os nossos irmãos brasileiros, que certamente poderão ficar desorientados com incongruências como esta: pelo novo Acordo (AO90) eles continuam a escrever, por exemplo, “percepção” e “receptivo”, mas em português de Portugal, teremos de passar a escrever “perceção” e “recetivo”. Estou mesmo a ver um brasileiro culto, habituada à visualidade gráfica de ”percepção” e “receptivo” (e continunando a mantê-la), a hesitar durante uns segundos para descodificar o que significarão formas tão aberrantes como “perceção” e “recetivo”…

Aqui vai o que apurei:

1 – A nova ortografia, acordada pelo Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), foi promulgada pela Resolução da Assembleia da República (AR) n.º 26/91, de 23 de Agosto (com pequenas actualizações posteriores), e pormenorizada pela Resolução do Conselho de Ministros (CM) n.º 8/2011.

2 – A ortografia ainda em vigor, acordada pelo Acordo Ortográfico de 1945 (AO45), foi promulgada pelo Decreto n.º 35.228 de 8 de Dezembro de 1945, e ratificada em 1973, com pequenas alterações, pelo Decreto-Lei n.º 32/73 de 6 de Fevereiro.

3 – O Código do Direito de Autor e Direitos Conexos foi promulgado pelo Decreto-Lei n.º 63/85, de 14 de Março (com pequenas actualizações posteriores).

4 – Na hierarquia legislativa um Decreto-Lei está acima duma Resolução da AR ou do CM. Um Decreto-Lei é vinculativo, ao passo que uma Resolução é uma mera recomendação.

5 – Por conseguinte, uma Resolução não tem força legal para revogar um Decreto-Lei, e por isso o AO45 continua em vigor.

6 – Em caso de conflito entre a nova ortografia e o Direito do Autor, o que prevalece é o Decreto-Lei do Direito de Autor.

7 – Em consequência, nenhum editor é obrigado a editar os seus livros ou as suas publicações segundo a nova ortografia, nem nenhum Autor é obrigado a escrever os seus textos segundo o AO90. Mais ainda: tentar impor a nova ortografia do AO90 é um acto ilegal, porque o que continua legalmente em vigor é o AO45.

8 – Ao abrigo do Código do Direito de Autor, os Autores têm o direito de preservar a sua própria opção ortográfica, conforme consta do n.º 1 do Art. 56.º do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, onde se diz que o autor goza durante toda a vida do direito de assegurar a genuinidade e integridade da sua obra, opondo-se à sua destruição, a toda e qualquer mutilação, deformação ou outra modificação da mesma, e, de um modo geral, a todo e qualquer acto que a desvirtue.

9 – Embora no Artigo 93.º do mesmo Código do Direito de Autor se preveja a possibilidade de actualizações ortográficas, que não são consideradas “modificações”, há sempre a opção legítima, por parte do Autor, de escrever como entender, por uma “opção ortográfica de carácter estético”. O que aliás foi confirmado pelo Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, em entrevista à SIC no dia 8 de Janeiro de 2012, onde ele afirmou publicamente que até 2015 há um período de adaptação (e de eventuais reformulações do AO90, segundo disse) em que é permitido o uso paralelo do AO45 e do AO90, mas que aos Escritores, dada a sua condição de artistas criadores, ser-lhes-á sempre permitido utilizar a grafia que entenderem, mesmo que em 2015 o novo AO90 venha a ser eventualmente consagrado por Decreto-Lei, e não apenas, como agora, por uma simples Resolução da AR.

Para terminar, e entre parênteses, o novo AO90 é tão abstruso que é um verdadeiro crime, que está a ser imposto em vários meios de comunicação e em todos os departamentos governamentais, não obstante ser ilegal e incluso antidemocrático - e antidemocrático porque as várias sondagens que têm sido feitas desde há vários anos sempre apontaram para uma média de rejeição, do AO90, por cerca de 67 por cento da generalidade dos Portugueses – além de ter recebido, ao longo deste últimos anos, nove pareceres negativos emitidos por várias instituições, como por exemplo o Departamento de Linguística da Faculdade de Letras de Lisboa, a Comissão Nacional da Língua Portuguesa, a Direcção-Geral do Ensino Básico e Secundário, a Associação Portuguesa de Linguística e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros

Claro que um crime desta envergadura só pode estar a ser tão violentamente implementado porque tem atrás de si interesses muito pesados e muito poderosos, e apetece-nos perguntar como nos romances policiais: a quem aproveita o crime? Geralmente, em crimes desta envergadura, a resposta costuma ser: follow the money…

Dei um modesto contributo para tentar explicar a minha posição sobre o assunto neste link: http://ilcao.cedilha.net/?p=3854

Um grande abraço

António de Macedo